A evolução da psicologia desde a sua fundação e modelos psicológicos

A Psicologia tem conhecido um grande desenvolvimento em Portugal nos últimos anos, mas apesar desta divulgação e presença nos media de temas psicológicos, são frequentes algumas ideias pré- concebidas, não inteiramente verdadeiras, sobre o que faz o Psicólogo e o que é a Psicologia.

A Psicologia pode ser definida como a ciência que estuda o processo mental humano e o comportamento observável. A sua origem remonta ao séc. V a.C., altura em que Platão e Aristóteles se viam às voltas com muitos dos problemas que ocupam hoje os Psicólogos. O estabelecimento formal desta ciência deu-se em 1879, em Leipzig na Alemanha, com o laboratório de Psicologia Experimental de Wundt.

A Psicologia estuda todos os aspectos do funcionamento interno da mente, como a memória, os sentimentos, o pensamento e a percepção, bem como de funções de relação, como o comportamento e a fala. Estuda também a inteligência, a aprendizagem e o desenvolvimento da personalidade. Alguns dos métodos utilizados em Psicologia são a observação, a recolha de histórias pessoais e a utilização de instrumentos de avaliação de funções cognitivas, como a inteligência e a personalidade.

Existem vários ramos especializados, dentro da Psicologia. Algumas das áreas que tem conhecido um maior desenvolvimento nos últimos anos são a Psicologia Clínica, a Psicologia Social e das Organizações e a Neuropsicologia.

A Psicologia é uma das disciplinas académicas mais antigas, mas também uma das mais novas. É que, apesar dos primeiros pensadores e filósofos já se debruçarem sobre questões que fazem hoje área de estudo da Psicologia, foi no séc. XIX que os pesquisadores , apoiados na investigação e na experimentação, puderam construir uma identidade própria, aperfeiçoando os instrumentos, técnicas e métodos de estudo

Aristóteles (séc. IV a.C.), já descrevia as leis da associação, ao estudar a aprendizagem. Defendia a ideia de que o corpo e a alma formam uma unidade vital indivisível e de que “todos os afectos da alma são mostrados por um  corpo , pois ao mesmo tempo que se dão determinações como a coragem, a brandura, o temor, a piedade, a audácia, a alegria, o amor, o ódio, o corpo experimenta uma modificação. Sócrates faz a distinção entre conhecimento sensorial e conhecimento racional e utiliza a argumentação lógica – método sofista (ou socrático) para resolver os problemas da ética e da estética. Hipócrates descreve doenças psíquicas através da teoria dos humores e define a saúde e doença física e mental  na base do equilíbrio dos humores, o que põe em causa a origem mágica e divina de então. Considerava que as relações entre estes humores determinavam o temperamento e personalidade. Por exemplo, excesso de bile amarela resultava num temperamento colérico (zangado, irritado). Também afirma que maltratar o cérebro causa a morte ou a loucura e que a epilepsia tem origem no cérebro, o que mostra uma concepção orgânica das doenças mentais.

No séc. XVII, Descartes defende um dualismo corpo- espírito. John Locke vai contra a tradição de se encararem os fenómenos psíquicos a partir de Deus e propõe a experimentação e a observação dos fenómenos (empirismo). Faz a distinção entre experiência externa (sensação) e a experiência interna ( reflexão). Leibniz considera a existência de fenómenos psíquicos inconscientes, pois fala em pequenas percepções que podem não se tornar objecto directo do nosso conhecimento, mas que podem influenciar o nosso comportamento.

Foi há pouco mais de cem anos que os psicólogos definiram os fundamentos da psicologia e o seu objecto de estudo. Ao longo do séc. XIX, à medida que o método científico era utilizado para resolver os problemas da psicologia, houve várias manifestações de que esta disciplina estava a emergir. Dão-se as enunciação das leis psicofísicas de Weber e de Fechner e a criação de laboratórios de psicologia por Sergi, em Roma. Mas foi então, em Dezembro de 1879, que Wilhelm Wundt fundou o primeiro laboratório de psicologia do mundo que permitiu conquistar autonomia para esta disciplina, emancipando-se da Filosofia. Wundt também criou a revista Philosophische Studien , dedicada a relatos de experiências.

A Associação Americana de Psicologia (APA) , a primeira organização científica e profissional de psicólogos, foi fundada em 1892. Depois de estabelecida, a nova disciplina desenvolveu-se e expandiu-se rapidamente, em especial nos EUA, onde ainda hoje detém um lugar de destaque na psicologia.

Este crescimento da psicologia tem sido acompanhado por um aumento enorme de informações provenientes de investigações, artigos teóricos e revisões da literatura, bem como de uma diversidade de fontes. A psicologia expandiu-se tanto em termos de número de técnicos, investigadores, académicos e de literatura publicada, bem como em termos do impacto na nossa vida quotidiana. Todos nós somos de alguma forma influenciados pelo conhecimento ou trabalho de psicólogos.

O campo de estudo da Psicologia é muito vasto- alguns dos fenómenos que aborda fazem fronteira com a Biologia, outros com as Ciências Sociais, como a sociologia. De uma forma geral, esta ciência interessa-se por aquilo que os organismos fazem- o comportamento e aqui inclui-se a actividade mental.

Se desejar ter uma ideia mais clara da vastidão de campos que a Psicologia abarca, pode visitar o site oficial da Associação Americana de Psicologia, onde estão as 53 divisões ou domínios de estudo da Psicologia. (site em inglês)

Algumas das suas vertentes mais importantes são a Psicologia Clínica, a Psicologia da Saúde, a Psicologia da Educação, a Psicologia Económica, a Psicologia Política, a Psicologia do Desporto  e a Psicologia do Trabalho e das Organizações.

A Psicologia Clínica é um campo complexo para abarcar o comportamento humano e a emoção. A Psicologia clínica centra-se na avaliação, tratamento e compreensão de problemas psicológicos. Procura usar os princípios da psicologia para melhor compreender, prever e aliviar aspectos intelectuais, emocionais, biológicos, psicológicos, sociais e comportamentais do funcionamento humano (APA). Assim, a Psicologia Clínica usa o que é conhecido sobre os princípios do comportamento humano para ajudar as pessoas com inúmeros problemas e preocupações que experimentam no ciclo de vida, nas suas relações, emoções e personalidades.

O nascimento da Psicologia Clínica como especialidade, ocorreu em 1896 com a abertura da primeira clínica psicológica na Universidade da Pensilvânia, por Lightner Witmer (1867- 1956). Muitos dos seus princípios ainda hoje se aplicam: realizar a avaliação/ diagnóstico antes do tratamento; abordagem multidisciplinar, prevenção dos problemas.

Conheça alguns dos modelos mais importantes que a ciência psicológica utiliza para explicar o funcionamento da personalidade e para a intervenção psicológica.

Abordagem Sistémica

Parte da teoria geral dos sistemas e da teoria da comunicação de Watzlawick. É um paradigma que emerge das ciências exactas e fornece uma grelha teórica e prática de compreensão dos sistemas humanos. Nos anos 40, Ludwig von Bertalanffy publicava uma série de princípios válidos para vários sistemas (biológicos, físico- químicos, sociais).

O sistema é uma complexidade organizada em múltiplos elementos que estão em interacção recíproca no seu interior e com o meio. Um sistema pode ser aberto (auto- organização) ou fechado (entropia).

A perspectiva sistémica constitui um bom suporte teórico para a intervenção, especialmente em terapia familiar. Põe em causa uma epistemologia linear, unidireccional  e conceptualiza os problemas humanos não num único sentido, mas em função dos contextos donde emergem os problemas. Alarga a perspectiva de intervenção, centrada apenas num sistema pessoal, para uma perspectiva que se centra nos contextos de vida e nas redes de apoio dos sujeitos.

Estes pressupostos foram aplicados sobretudo na terapia familiar.

Modelo Cognitivo- Comportamental

Esta perspectiva teve origem nos trabalhos de Aaron Beck e Albert Ellis. Sugere que as nossas crenças e atribuições desempenham um importante papel no comportamento.

” O que perturba o ser humano não são os factos, mas a interpretação que ele faz dos factos”

Epitectus- Século I

Esta abordagem é historicamente baseada nos princípios da aprendizagem e da psicologia experimental. Centra-se no comportamento observável e não observável (pensamentos), adquiridos através da aprendizagem e do condicionamento no ambiente social.

As terapias cognitivo- comportamentais compartilham alguns pressupostos básicos, ainda que existam diferentes abordagens conceptuais e estratégicas para os diversos transtornos. Há algumas características essenciais no núcleo das terapias cognitivo- comportamentais (Dobson, 2001):

1- A actividade cognitiva influencia o comportamento

2- A actividade cognitiva pode ser monitorada e alterada.

3- O comportamento desejado pode ser influenciado mediante a mudança cognitiva

Esta terapia baseia-se na premissa que uma inter-relação entre cognição, emoção e comportamento é parte integrante do funcionamento psicológico normal. Um acontecimento de vida pode despoletar inúmeras formas de agir, sentir e pensar, mas não é o evento em si que gera as emoções e comportamentos, é o que nós pensamos e interpretamos sobre esse evento.

Outra premissa é que as distorções cognitivas são muito frequentes em diferentes transtornos.

Ao contrário do que sucede com o modelo psicanalista, o material trazido à consulta não é interpretado pelo terapeuta, mas elaborado conjuntamente com o cliente, com o objectivo de identificar, examinar e corrigir as distorções do pensamento que causam sofrimento emocional ao indivíduo.

Albert Ellis centrou-se nas crenças irracionais para lidar com pensamentos e comportamentos problemáticos. Pensamentos como ” toda a gente deve me apreciar”, ” ninguém vai amar alguém tão feio como eu” vão inevitavelmente conduzir á decepção.

Aaron Beck desenvolveu a terapia cognitiva para tratar a depressão e outros problemas. Beck considera que durante o desenvolvimento, as pessoas formulam regras sobre o funcionamento do mundo, que tendem a ser simplistas, rígidas e frequentemente baseadas concepções erróneas.

As abordagens cognitivistas podem-se distinguir em duas tradições:

– Cognitivismo Substantivo Racionalista: centra-se no conteúdo, pensamento interno, mecanicista. (Ellis, Beck, Meichenbaum, D´Zurilla, etc)

– Cognitivismo Construtivista Desenvolvimental: O Construtivismo promulga que o conhecimento e a experiência humana implicam uma proacção activa do sujeito, a importância das emoções e os problemas psicológicos refletem diferenças entre as exigências do ambiente  e a capacidade adaptativa do cliente.

Ver também Terapia Cognitiva

Abordagem Humanista

Esta abordagem têm as suas origens na filosofia Europeia eno trabalho psicoterapêutico de Victor Frankl, Carl Rogers, Abraham Maslow, Rollo May, Fritz Perls e outros. Rejeitando as assunções básicas  das teorias psicodinâmicas e comportamentalista, os humanistas assumem uma abordagem fenomenológica que enfatiza a percepção individual e a experiência. Tende a ver as pessoas como activas, pensadoras, criativas e orientadas para o crescimento. Consideram que as pessoas são basicamente bem intencionadas e que naturalmente lutam pelo crescimento, amor, criatividade e auto- actualização. Em vez de se centrar na influência do passado, os humanistas focam-se no “aqui e agora” ou presente.

Exemplos de Conceitos e Técnicas Humanistas

Empatia- capacidade de ver o mundo a partir da perspectiva da outra pessoa. Transmite a sensação de ser ouvido e compreendido.

Aceitação incondicional- aceitar totalmente os sentimentos e pensamentos do cliente

Auto- actualização- As pessoas tendem a procurar o crescimento e a atingir o seu máximo potencial.

Congruência- O terapeuta manifesta sentimentos autênticos durante a consulta. É uma harmonia entre os sentimentos e as acções.

A terapia centrada no cliente é a perspectiva de Carl Rogers e é um dos exemplos mais clássicos da abordagem humanista. Usa técnicas não directivas como a escuta activa, empatia, congruência e aceitação incondicional. A empatia sincera é necessária para as pessoas se sentirem aceites e compreendidas e para permitir o crescimento.

Abordagem Comportamentalista

  O expoente moderno mais importante do behaviorismo foi Skinner (1904-1990), que considerava que o único objecto da psicologia era o comportamento manifesto (observável).

Nesta abordagem, pretende-se manipular e controlar o comportamento através do reforço (quando as pessoas têm o comportamento desejado, aumentando a hipótese da sua ocorrência) e através de castigos (quando as pessoas se comportam de maneira indesejável).

A aprendizagem pode fazer-se por condicionamento clássico, em  um estímulo, até aí neutro, é associado com dado motivacionalmente significativo e surge uma resposta.

Ex: Condicionamento Clássico de Pavlov:

Pavlov reparou que os cães salivavam muitas vezes sem razão fisiológica aparente, para que tal acontecesse. O cão aprende uma associação entre o alimento e um sinal casual que precedia o alimento. Pavlov verificou que ao tocar a campainha antes de dar comida ao cão, este começava a salivar quando ouvia a campainha, após alguns ensaios de associação entre campainha e comida- o que originava o reflexo condicionado.

Uma campainha começava a tocar e passado algum tempo, com a campainha ainda a tocar, era fornecido ao animal comida. A sequência campainha- comida foi repetida uma série de vezes. Aos poucos, a quantidade de saliva produzida começou a aumentar logo após a campainha tocar. O cão salivava ao ouvir a campainha, o que não sucedia no início da experiência.

A  associação repetida entre o som da campainha (estímulo neutro) e a carne, transformou o estímulo inicialmente neutro (campainha) num estímulo condicionado que agora provocava a salivação sob a forma de um reflexo condicionado.

No condicionamento operante, há um aumento da probabilidade de resposta num determinado meio ambiente devido ao reforço da resposta.

Ex: rato que carrega numa alavanca para obter uma recompensa de comida.

Vários autores duvidaram da capacidade deste “behaviorismo radical” para explicar a complexidade do comportamento humano. As grandes diferenças de personalidade indicam que não é só importante o que as pessoas fazem, mas também o que pensam e esperam (expectativas). Isto levou a uma evolução do comportamentalismo, aceitando conceitos como expectativa e crença. Estes são os teóricos da aprendizagem social, como Albert Bandura e Walter Mischel. Defendem que muitas das diferenças individuais entre os indivíduos são basicamente cognitivas: são os modos diferentes de interpretar o mundo, de pensar e agir sobre ele. Assim, os comportamentos podem ser aprendidos e desenvolvidos pela observação do comportamento dos outros, em vez de ter de realizar esse comportamento ou ser reforçado para um determinado comportamento. Esta abordagem também valoriza o papel das expectativas no desenvolvimento do comportamento. Por exemplo, alguém pode dedicar muito tempo e dinheiro para obter uma licenciatura, porque espera que essa qualificação vá originar uma carreira e vida satisfatórias.

Abordagem Psicodinâmica

 Foi fundada com o trabalho de Sigmund Freud. Muitos neo- Freudianos e outros revisionistas fizeram uma grande adaptação, desenvolvimento e mudança na abordagem básica de Freud. Esta abordagem ainda mantém certas concepções sobre o comportamento humano e problemas psicológicos.

Defende que o comportamento humano é influenciado por desejos intra-psíquicos, motivações, conflitos e impulsos. Os mecanismos de defesa do ego (adaptativos ou não), são utilizados para lidar com com conflitos, desejos, necessidades e fantasias não resolvidos, que contribuem para o comportamento normal ou anormal. As experiências precoces na infância desempenham um papel fundamental no desenvolvimento psicológico e no comportamento adulto. A compreensão destas influências inconscientes e a sua discussão e integração nas experiências quotidianas ajuda a melhorar o funcionamento psicológico. A relação de transferência que se desenvolve entre o cliente e o terapeuta também ajuda a melhorar o funcionamento psicológico.

Freud desenvolveu uma compreensão do comportamento humano baseado em três estruturas mentais, que normalmente estão em conflito:

– o Id, desenvolvido à nascença, funciona segundo o princípio do prazer e representa todos os desejos e necessidades mais primitivos. O Id não conhece juízos de valor, moral, ou o bem ou o mal. O Id procura a satisfação imediata sem considerar as circunstâncias da vida real. A nossa energia psíquica básica (líbido)  está contida no Id e exprime-se através da redução da tensão. Contudo, para a satisfação das necessidades é preciso interagir com o mundo real. O ego, que é mediador entre o id e o mundo exterior, ajuda nesta interacção.

– o ego, que funciona segundo o princípio da realidade, mantém em suspenso as exigências para o prazer que provêm do id, até que se encontre um objecto apropriado para satisfazer a necessidade e reduzir a tensão. Desenvolve-se cerca do primeiro ano de idade e representa os aspectos racionais e razoáveis da nossa personalidade, ajudando-nos a adaptar a um mundo desafiante.

– o superego, que se desenvolve cerca dos cinco anos de idade, quando são assimiladas as regras de comportamento ensinadas pelos pais, através de um sistema de recompensas e castigos. Representa a internalização de normas e regras sociais, culturais e familiares. O superego inclui o ego ideal (a imagem perfeita do que somos e do que podemos ser) e a nossa consciência (as regras de bons e maus pensamentos e comportamento).

Irá haver um conflito inevitável entre id, ego e superego para lidar com a ansiedade e desconforto e a necessidade de utilizar mecanismos de defesa do ego. O ego está numa posição difícil, pois têm de lidar com forças opostas. Os mecanismos de defesa são estratégias desenvolvidas pelo ego para proteger o indivíduo destes conflitos internos e em geral, inconscientes. Eles ajudam a lidar, adaptativamente ou não, com a inevitável ansiedade de ser humano. Há uma variedade de mecanismos de defesa, como a repressão (manter pensamentos, desejos, sentimentos e conflitos desagradáveis fora da consciência), negação (negar que existem pensamentos ou sentimentos problemáticos), sublimação (substituição de uma meta que não pode ser satisfeita por uma outra socialmente socialmente aceitável), projecção ( a origem da ansiedade é atribuída a outra pessoa).

Freud também definiu vários estádios psicossexuais do desenvolvimento da personalidade. No decorrer destes estádios, as crianças são auto-eróticas ao obter prazer erótico quando estimulam as zonas erógenas do corpo. Cada estádio tende a estar localizado numa determinada zona erógena. Estes incluem as fases oral, anal, fálica, latente e genital.

– O Estádio oral vai desde o nascimento até ao segundo ano de vida. A estimulação da boca (sugar, morder, etc) é a fonte de satisfação erótica.

– No estádio anal, a satisfação vai da boca para o ânus e as crianças têm prazer na zona anal. Nesta fase treinam a higiene pessoal e as crianças podem reter ou expelir fezes.

– No estádio fálico, por volta do quarto ano de idade, a satisfação erótica passa para zona genital, havendo manipulação e exibição dos órgãos genitais. Neste estádio há o desenvolvimento do Complexo de Édipo, em que o rapaz desenvolve um desejo incestuoso e de morte, desejando unir-se à mãe e eliminar o pai. Os medos de retaliação e de castração resultam na repressão destes impulsos e na identificação com o pai.

O objectivo desta abordagem é o insight- compreensão de factores inconscientes que levam a comportamentos e sentimentos problemáticos, através de uma análise aprofundada e cuidadosa do papel de desejos, impulsos e conflitos inconscientes na vida diária.

Técnicas como a associação livre ( dizer tudo o que nos passa pela cabeça) , a análise dos sonhos e a interpretação, são usadas para compreender e tratar vários problemas.

Bibliografia consultada (básica):

Plante, T. (2005) Contemporary Clinical Psychology, 2nd edition. New Jersey: Wiley.