🗓️ Agende a sua consulta de Psicologia – Presencial (Porto) ou Online

O Dr. Fernando Lima Magalhães oferece consultas de psicologia nas modalidades presencial e online, adaptando-se às suas necessidades e disponibilidade. Dar o primeiro passo pode ser desafiante, mas também é o início da mudança. Estamos aqui para o(a) ajudar.

Psicólogo Clínico Fernando Magalhães

✅Para marcar a sua consulta de psicologia presencial (no Porto) ou online, envie-nos preferencialmente um e-mail para
psicologoporto@gmail.com com as seguintes informações:


✔ Nome
✔ Idade
✔ Contacto de telemóvel
✔ Dias e horários da sua preferência
✔ Tipo de consulta (presencial ou online)
✔ Motivo da consulta (resumidamente, se possível)

Responderemos o mais brevemente possível, por telefone ou e-mail, com a confirmação da data e hora da sua consulta.

📍 Consultas presenciais realizam-se no nosso gabinete, situado na Rua de Camões, mesmo em frente à estação de metro da Trindade – um espaço tranquilo, acolhedor e seguro, pensado para o seu bem-estar.


📌 Informações Importantes:

  • ⚠️ Não aceitamos marcações urgentes.
  • ⏳ O tempo médio de espera para a primeira consulta é de aproximadamente 1 mês.
  • ☎️ Telemóvel: 96 623 00 87 (rede móvel nacional). Disponível de segunda a sexta, entre as 15h e as 19h. Se não for atendido, por favor deixe mensagem de voz. Fora deste horário, não é possível atender chamadas.

💬 O que pode esperar:

O nosso atendimento é individualizado e sem pressas, respeitando o ritmo e as necessidades de cada pessoa.
É natural sentir alguma ansiedade antes da primeira sessão — isso é compreensível e faz parte do processo. Ao dar este primeiro passo, já está a iniciar uma mudança significativa no seu bem-estar emocional.


Valores das Consultas atualizados:

  • Primeira consulta presencial (até 80 minutos): 70€
  • Consultas seguintes presenciais (até 50 minutos): 60€
  • Consulta online (50 minutos ): 60€

  • Formas de pagamento:
  • MB WAY
  • PayPal
  • Transferência bancária
  • Numerário (apenas para consultas presenciais)
  • Nota: A primeira consulta está sujeita a pré-pagamento

Psicologo Online

🌐 Consultas Online

Marque a sua consulta online de forma simples e rápida! As consultas online são realizadas através de Skype, WhatsApp ou Google Meet, mantendo o mesmo nível de eficácia e confidencialidade das sessões presenciais. Invista no seu bem-estar, no conforto da sua casa.

O pagamento deve ser realizado com pelo menos 48 horas de antecedência, através de PayPal, MB Way ou transferência bancária.

Horário de Atendimento

  • De segunda a sexta-feira, das 10h às 21h (apenas com marcação prévia)

✅Após a confirmação do pagamento, enviaremos todos os dados da sua sessão (data, hora e ID do Skype do psicólogo). Durante a consulta, ou depois, receberá exercícios, estratégias, textos e questionários personalizados por e-mail — tal como numa sessão presencial — para que possa aplicá-los na sua vida real entre sessões.

👉 A consulta psicológica online é uma alternativa prática, eficaz e com os mesmos benefícios da presencial! Ideal para quem quer poupar tempo, evitar deslocações ou reside fora do Porto ou de Portugal. Online em qualquer lugar do mundo

👉Este é um serviço seguro, confidencial e realizado com o mesmo rigor ético e profissional das consultas presenciais. Para melhor aproveitamento, recomendamos ter acesso a:

  • Um programa de texto (ex: Microsoft Word)
  • Um leitor de PDF
  • Folhas A4 para acompanhar e responder aos exercícios

👉Acordos: Não dispomos de qualquer acordo, neste momento.

Regras de Marcação de Consultas:

Desmarcações: Uma desmarcação de consulta no próprio dia, falta ou esquecimento implica  o seu pagamento, pois a hora foi reservada e não pode ser utilizada. Se não puder vir à consulta , agradecemos que nos informe o mais rápido possível, por sms, mail ou telefone, com um mínimo de 24 horas de antecedência. É importante que o faça, para fazermos outra remarcação ou atender outras pessoas que estejam em lista de espera.

Estamos aqui para o(a) acompanhar com profissionalismo, empatia e dedicação.
Agende já a sua consulta e inicie o seu processo de transformação pessoal!

🏢 Morada do Consultório:

Rua de Camões 117 5º andar, Sala 23, 4000-144 Porto. Fica situado em frente à Estação de Metro da Trindade; próximo da praça da República e da Camara Muncipal do Porto

🚌 Parques de Estacionamento: Trindade Domus, Parque da Trindade; Parque do Edifício Mapfre

Metro: Estação Trindade. Linhas: A, B, C, D, E, F

Autocarros STCP : 201, 202, 208, 501, 600, 703


A primeira consulta de Psicologia

Quando chegar ao consultório, o Psicólogo irá ter consigo à porta. É convidado a preencher um pequeno formulário com o seu nome e contato. Depois, irá se sentar numa sala privada, confortável, numa cadeira e irá decorrer uma conversa. Na primeira sessão o psicólogo procura conhecer informações e os motivos que o levam à consulta. Claro que só responde àquilo que quiser ou que se sentir confortável, mas é frequente perguntar “O que o traz à consulta, que dificuldades têm experimentado, que emoções tem sentido, que pensamentos estranhos e irracionais lhe passam pela mente, que pensamentos têm antes, durante e depois da situação, que situações evita por causa do problema ou se nota algum padrão nas suas reações.

Há muitas perguntas possíveis, mas elas serão adaptadas à sua situação em especial. Também é frequente perguntar sobre como vai a sua vida, o trabalho, os relacionamentos, os hobbies, os padrões de sono, como sente a autoestima e como vão as relações sociais. Podem ser usados questionários, inventários e outras formas de avaliação psicológica para uma melhor compreensão do (s) problema (s). Pode-se sentir assustado ou envergonhado, o que é compreensível, pois poderá abrir-se e contar os seus segredos a um desconhecido. Nas sessões seguintes vai ganhando à vontade. Estar na consulta é o passo mais importante, pois aceitou a necessidade de ajuda e é um grande passo! Pode levar notas ou perguntas para o psicólogo. Ou também pode tirar notas da consulta.

É comum que algumas pessoas chorem, o que é normal porque poderá estar a passar por um período difícil e poderá emocionar-se. É positivo porque significa abertura e disponibilidade para sentir emoções. É o trabalho do psicólogo compreender essas emoções.

Na primeira sessão o psicólogo procura conhecê-lo o melhor possível para que possa e fazer um certo planeamento do processo de terapia, que poderá resultar melhor consigo.

Para a maioria das questões, são necessárias 10 a 20 sessões para obter resultados persistentes. Por exemplo, para o transtorno de pânico, fobias, ansiedade generalizada, depressão, etc., esta é a duração mais comum. Não é possível prever a duração pois cada pessoa é única. Algumas pessoas podem ter benefícios com algumas sessões apenas; outras poderão precisar de vários anos. A psicoterapia costuma iniciar-se na segunda ou terceira sessão, pois as primeiras sessões são para avaliação e conhecer a sua situação. Em quase todas as sessões são ensinadas estratégias e fornecidas explicações para os problemas. São recomendados exercícios entre as sessões que são de grande importância para atingir os seus objetivos e alcanças as mudanças desejadas. Frequentemente entrego textos e recomendo livros como complemento às sessões.

A mudança psicológica requer tempo e persistência. Não espere uma mudança numa consulta, pois as mudanças são graduais e suaves, com avanços e recuos. Tal como não se perde 10kg de peso numa semana, não mudamos hábitos de pensar de anos em 50 minutos. Mas com persistência é possível.

Periodicidade das Consultas: É sugerido que as primeiras 3/4 consultas sejam semanais e as seguintes normalmente quinzenais. Se não for possível, as primeiras sessões são quinzenais e este ritmo é igualmente eficaz, mas um pouco mais demorado.

Consulta Psicológica e Terapia Cognitiva

Porque marcar uma consulta de Psicologia? A minha perspectiva da Consulta Psicológica

Por Fernando Lima Magalhães

Este texto é constituído por 4 partes e pretende esclarecer a minha forma de trabalhar na área da psicologia clínica:

“O começo é a parte mais difícil do trabalho”

Platão

1- Mitos e Lendas associados ao Psicólogo

2- A relação terapêutica

3- As diferentes terapias Psicológicas

4- A minha abordagem

1- Mitos e Lendas associados ao Psicólogo

Na nossa cultura fomos bastante educados para esconder qualquer sinal de fraqueza ou de defeito. Quando pensamos em procurar ajuda, e neste caso, ajuda psicológica, pode custar a aceitar que não conseguimos, sozinhos, ultrapassar determinada questão, que não sabemos o que fazer, que estamos assustados e com medo ou que nos sentimos perdidos. Infelizmente, acreditamos que demonstrar certos sentimentos é sinal de fraqueza ou “defeito”, e por isso temos os esconder dos outros.

Ou seja, existe uma crença bastante generalizada de que temos de ser “fortes”, superar todos os obstáculos da vida e problemas, enfrentar tudo “sozinhos”, etc. Esta crença pode ser ilustrada nas ideias de “os homens não choram”, “as mulheres têm de controlar as emoções”, etc.

Ou seja, podemos acreditar que temos de satisfazer determinadas expectativas sociais, parecendo sempre bem diante dos outros, que sabemos lidar perfeitamente com qualquer situação, a apenas expressar emoções positivas,  etc.

Na realidade, todos as ideias anteriores são falsas. Provavelmente, quanto mais negamos uma “fraqueza”, mais ela poderá tornar-se forte. Quanto mais escondemos alguma emoção negativa, mais ela poderá tornar-se evidente.

Ou seja, não há nenhuma pessoa que não tenha sentido necessidade de ajuda psicológica ao longo da vida e isto faz parte da nossa forma de sermos “humanos”. Ser humano, especialmente connosco próprios, é reconhecer que todos precisamos de todos e que podemos precisar de ajuda em qualquer momento da vida. Reconhecer isto não é nenhuma fraqueza, é pelo contrário,  sinal de auto- estima, sinal de amor – próprio e sinal que querer sentir-se melhor, de aprender com as situações de vida pode (e deve) ser feito com a ajuda dos outros.

A família ou os amigos podem ajudar-nos a lidar com algumas situações, mas noutras vezes é preciso um “técnico” mais especializado que contribua para a mudança e para o bem- estar.

É muito mais fácil ser o que somos e admitir e aceitar aquilo que somos do que inventar uma identidade “falsa” que achamos que vai ser mais “atraente” aos olhos dos outros. Não há pessoas perfeitas, não há “mentes” perfeitas. Forçar a parecermos bem diante de toda a gente pode ser uma boa forma de nos auto- enganar. Ou seja, reconhecer e aceitar uma “fraqueza” é um sinal de força porque é sinal de honestidade connosco próprios, é o primeiro passo para a mudança, se for esse o desejo e sermos humanos significa que podemos precisar de uma orientação para um ou outro caminho. A imperfeição é, provavelmente, a melhor definição para “seres humanos”. Por isso, é totalmente irrealista querer corresponder a este mito da perfeição e da “força”, a todo o custo e a todo o tempo. Como pessoas, partilhamos sentimentos e a capacidade de sentir empatia por outras pessoas. Esta sensação de comunhão com os outros surge de reconhecermos a mesma emoção, de partilharmos sentimentos que afinal são iguais a outras pessoas, mas que podemos pensar que são únicos e que mais ninguém sente o mesmo que nós. O que pode diferir é a interpretação que fazemos dos acontecimentos ou na nossa resposta a eles. Somos iguais porque por vezes perdemos a confiança de enfrentar os desafios que o mundo nos coloca e é o facto de todos partilharmos esta “vulnerabilidade” que nos faz humanos.

Se há o medo de parecer “fraco”, é porque estamos preocupados com a opinião dos outros e com as pessoas que tentam dar este rótulo. Mas a única opinião capaz de nos fazer sentir mal ou bem, é a opinião que temos de nós próprios. Os outros não podem sentir por nós (ainda que nos possam compreender) e só nós é que poderemos escolher ou decidir pensar /agir de forma diferente, que por sua vez nos poderá fazer sentir melhor.

Admitir a fraqueza, que é universal, é portanto, ser corajoso.

O grande problema, neste caso, na nossa opinião, é o modelo de pensamento na nossa cultura que critica e estigmatiza o que supostamente é “fraco”, incluindo um transtorno psicológico, o que nos pode inibir e condicionar a procura de ajuda. Ou seja, a nossa cultura, frequentemente não favorece a auto estima nem promove os métodos positivos e realistas de lidar com diversas situações de vida. Noutros países é completamente banal ir ao psicólogo; consultá-lo não está envolto em qualquer estigma ou mal-estar, da mesma forma que as pessoas quando precisam de ir ao médico, vão consulta-lo, sem se preocuparem com algo do género “o que será que os outros vão pensar se souberem que vou ao um psicólogo?”… Num mundo ideal não seriam necessários psicólogos ou médicos, mas num mundo real não deveriam existir “preconceitos” na ida ao psicólogo, se tal se mostrar necessário…

É sinal de fraqueza consultar um nutricionista ou um arquitecto? É sinal de fraqueza consultar um Psicólogo?

2- A relação terapêutica

A qualidade da relação terapêutica que se estabelece entre o psicólogo e o cliente será, provavelmente, um dos factores mais decisivos no sucesso de uma intervenção psicológica. Para este fim, acreditamos e procuramos manter as seguintes qualidades na nossa intervenção:

– Acreditamos que as pessoas têm um potencial de mudança e qualidades positivas que lhes permitam lidar com os problemas quotidianos. ( que serão desenvolvidos pelo psicólogo)

Aceitação incondicional das diferenças existentes entre os indivíduos e da variabilidade humana, o que implica acreditar em diferentes perspectivas e estilos de vida e que poderão ser positivos para quem os escolheu. Como consequência, a relação terapêutica proporciona segurança ao paciente, sentindo este que é respeitado. O paciente nunca poderá ser julgado, devendo o psicólogo promover a autonomia das pessoas, a sua privacidade, dignidade e bem- estar.

Serão estes os princípios que orientam a nossa conduta. (para além do óbvio respeito do código deontológico dos psicólogos)

3- As diferentes terapias Psicológicas

Existem centenas de abordagens psicológicas que têm sido utilizadas para ultrapassar dificuldades emocionais e outros transtornos psicológicos. Existem muitos tipos de psicoterapia e medicações, dos quais alguns serão mais eficazes para tratar um problema específico. Mas também existem muitas terapias psicológicas, realizadas há muitos anos, que não demostraram eficácia.

A nossa abordagem psicológica é ecléctica porque temos em conta as qualidades únicas de cada indivíduo, a sua história de vida, personalidade e as questões que apresenta. Acreditamos na contribuição positiva dos vários modelos de intervenção, desde os princípios da construção da relação terapêutica veiculados pelo Humanismo, à abordagem mais directiva e estruturada da perspectiva Cognitvo- Comportamental, para além do Construtivismo.

Tendo em conta a grande variedade de tratamentos psicológicos disponíveis e a importância do custo- eficácia de cada abordagem, alguns países e associações de psicologia, nomeadamente a Associação Americana de Psicologia – APA (secção 12), conduziram estudos e definiram orientações profissionais sobre os tratamentos psicológicos que são realmente eficazes.

A Associação Americana de Psicologia elaborou, em resultado das sua investigações, uma síntese onde discrimina “Tratamentos bem estabelecidos” e “Tratamentos provavelmente eficazes”.

É esta perspectiva que valorizo, a do uso de tratamentos bem estabelecidos e de eficácia comprovada cientificamente, que maximizam a relação custo/eficácia, ou seja, que permitam obter os melhores resultados possíveis no mais curto espaço de tempo. Alguns exemplos de modelos de tratamento que utilizamos são:

Depressão– Terapia Cognitiva de Aaron Beck, Robert Leahy, etc

Fobia Social e Ansiedade Social– Debra A. Hope e Richard G. Heimberg

Ansiedade– Terapia Cognitivo- Comportamental de Brown, T; O´Leary, T. & Brown, D. H.

Ansiedade e Preocupações– Richard E. Zinbarg, Michelle G. Craske; Robert Leahy; Melanie Greenberg, etc

Stress– Treino de Inoculação do Stress, de Meichenbaum,

Transtorno Obsessivo- Compulsivo– David S. Riggs e Edna B. Foa; Terapias Cognitivas de Terceira Geração (ACT)

Transtorno de pânico e agorafobia– Terapia Cognitivo- Comportamental de Barlow, D. H. & Cerny, J. A.

Etc.

Estes tratamentos são recomendados pela Associação Americana de Psicologia, a maior autoridade mundial na área da Psicologia, que realça a importância das psicoterapias que demonstram eficácia no tratamento de diversas problemas. Existem muitos tipos de psicoterapias, mas só algumas realmente funcionam e demonstram resultados. Por outro lado, poderá ter conhecimento de pessoas que foram ao psicólogo e ao fim de vários meses estão da mesma forma. Mas poderá desconhecer de outras pessoas que foram acompanhadas por psicólogos competentes com técnicas de intervenção eficazes (deste modelo cognitivo) e que fizeram enormes mudanças, para melhor, nas suas vidas.

Quase todos os investigadores e técnicos concordam que os tratamentos empiricamente validados devem ser adaptados às necessidades individuais dos clientes / terapeuta, de forma a torna-los mais eficazes no mundo real e complexo da psicologia clínica.

A terapia cognitiva é um excelente tratamento para a depressão, ansiedade, ataques de pânico, culpabilização e medos. Estas técnicas podem ser altamente eficazes e funcionar rapidamente, mesmo sem o uso de medicação. Nós procuramos uma actualização permanente na nossa formação e na nossa biblioteca, no sentido de providenciar as melhores técnicas disponíveis e os melhores manuais, a nível mundial, de tratamento para cada transtorno psicológico.

Apesar de não acreditar num modelo de terapia “superior” ou que seja eficaz com todas as pessoas (penso que isto não existe porque todas as pessoas são diferentes), a  terapia cognitivo- comportamental (TCC) tem-se revelado de uma eficácia extraordinária num grande número de transtornos psicológicos e num grande número de pessoas. Claro que esta forma de terapia não será eficaz com todas as pessoas (nem as outras terapias serão eficazes para toda a gente), mas à partida é a que tem demonstrado maiores probabilidades de superação de muitos transtornos, em comparação com outras terapias.

A TCC inclui um conjunto de técnicas que são usadas em conjunto e que têm sido sistematicamente avaliadas com resultados muitos positivos. A TCC também é a forma de terapia mais estudada e comprovada através de inúmeros estudos científicos, devidamente controlados. A TCC difere de outras formas mais tradicionais de terapia nos seguintes aspectos:

– A TCC é directiva, na qual o terapeuta está activamente envolvido e faz sugestões muito específicas.

– A TCC centra-se na mudança de um problema particular. Há outras formas de psicoterapia que se centram no conhecimento das causas profundas de um problema, mas não oferecem estratégias específicas para ultrapassar o problema.

– A TCC tem uma duração mais curta que muitas outras formas de psicoterapia.

– A TCC centra-se em crenças e comportamentos actuais, que são responsáveis pela manutenção do problema. Outras formas de psicoterapia centram-se mais em experiências decorridas na infância. Isto não implica que a TCC não explore aspectos ocorridos há muito tempo na vida das pessoas.

– Na TCC o terapeuta e cliente trabalham em conjunto.

– A TCC envolve a mudança de crenças e comportamentos para que o cliente seja capaz, autonomamente, de lidar com os problemas.

Todavia, talvez o factor mais importante para a mudança é aquilo que o cliente está disposto a fazer de diferente no seu dia-a-dia, de forma consistente. Por exemplo, se alguém quiser peso, só essa pessoa poderá fazer os comportamentos necessários (como fazer exercício físico regular e uma alimentação equilibrada) e a mudança existe em função daquilo que o indivíduo fizer, com a orientação de um médico ou nutricionista, neste caso.

Para a maioria dos problemas psicológicos, são necessárias cerca de 10 a 20 sessões, pelo que não é realista esperar uma mudança grande em apenas uma consulta, pois não se muda numa hora formas de pensar e agir que podem existir há meses e até há vários anos.

Porquê a TCC e não outro tipo de terapia?

Apesar das psicoterapias psicodinâmicas serem ainda bastante populares, elas têm sido criticadas extensamente e estão a perder terreno em relação a novas formas de terapia (Antony, M; Swinson, R, 2000). Algumas razões para o declínio das terapias psicodinâmicas são:

– Existem poucas provas que apoiem os pressupostos teóricos da psicodinâmica. Por exemplo, não há investigação clínica que apoie a perspectiva de que a depressão é causada por sentimentos de agressividade em relação aos outros, que passaram a ser contra a própria pessoa.

– A maioria dos pressupostos teóricos das psicoterapias psicodinâmicas não podem ser testados, porque são baseados em motivações inconscientes que não podem ser medidas.

– Em comparação com os tratamentos cognitivo- comportamentais, há poucas provas que apoiem a eficácia das terapias psicodinâmicas para problemas psicológicos específicos, como a ansiedade, fobias e depressão.

– Os objectivos das terapias psicodinâmicas não são, em geral, bem definidos. A terapia é para ajudar os indivíduos a desenvolverem “insight”, compreensão ou consciência sobre as causas aparentemente inconscientes dos seus problemas. Mas como o “insight” é difícil de definir, é muito difícil de avaliar se a terapia está a funcionar.

– A psicoterapia psicodinâmica tende a ser dispendiosa e pouco prática. Apesar de existirem terapias breves e menos intensas, as formas mais tradicionais da terapia psicodinâmica envolvem várias consultas por semana ao longo de vários anos.

– As terapias psicodinâmicas não estão muito preocupadas com tratar características específicas de um problema (medo, evitação, ataques de pânico) porque são vistos como sintomas de um problema mais profundo.

– Na terapia psicodinâmica, o terapeuta é visto como o “expert”, em relação ao comportamento do cliente e motivações. Como o terapeuta tem o papel de interpretar aquilo que o cliente diz durante as sessões, há o risco de essas interpretações serem “distorcidas” pela perspectiva subjectiva do terapeuta.

Mas apesar disto, a psicanálise tem feito contribuições importantes para a compreensão dos problemas psicológicos.

Algumas pessoas tem a ideia que ir ao Psicólogo irá ser apenas uma conversa infrutífera, banal, sem grandes resultados práticos. Mas isto é muito longe da realidade. O Psicólogo tem uma grelha de leitura e um quadro conceptual que permite interpretar e explicar as “queixas” do cliente, à luz de modelos científicos. Para que a terapia seja mais eficaz, é muito frequente que o cliente preencha inventários, escalas ou testes, no sentido de apurar de forma mais objectiva a informação importante. Paralelamente, são feitos exercícios e actividades, usando as técnicas/ estratégias de intervenção que ajudam a atingir os objectivos da terapia. O Psicólogo e Cliente são ambos activos no trabalho para a mudança psicológica. Desta forma, o cliente vai ganhando autonomia para lidar com os seus próprios problemas, aprendendo uma série de habilidades e tomando novas perspectivas, mais adaptativas, realistas e úteis. As técnicas e o modelo de intervenção cognitivo- comportamental têm demonstrado uma eficácia enorme ao longo das últimas décadas. Não acreditamos que interpretações exóticas ou “rótulos” atribuídos aos clientes (como se faz noutros tipos de terapia), tenham utilidade prática, podendo mesmo “agravar” a opinião que o indivíduo faz de si próprio…

4- A minha abordagem

Acredito numa abordagem ecléctica, isto é, não nos limitamos a seguir um único  modelo ou intervenção para todos os clientes, pois acreditamos  que cada modelo pode ter contribuições positivas para diferentes clientes. Assim, seleccionamos os modelos/ técnicas de intervenção/ estratégias que funcionarão melhor com cada pessoa, tendo em conta as qualidades únicas de cada indivíduo, a sua história de vida, personalidade e as questões que apresenta. Acreditamos na contribuição positiva de vários modelos de intervenção, desde os princípios da construção da relação terapêutica veiculados pelo humanismo, à abordagem mais directiva e estruturada do Cognitivo- Comportamental, para além do Construtivismo. Procuro uma actualização científica permanente, tanto pela frequência de formações especializadas como pela leitura e análise de artigos científicos, no sentido de proporcionar aos clientes as formas de psicoterapia que se revelam mais úteis e eficazes.

Eu não acredito em terapias nas quais o psicólogo ou psiquiatra tem um papel “passivo” onde se limita a “ouvir” o cliente. Acredito que tanto o “psi” como o cliente deverão ter um papel activo, em que ambos trabalham em conjunto para reduzir o sofrimento e ultrapassar as dificuldades psicológicas. Também acredito e faço por que em cada consulta o cliente leve alternativas para interpretar ou lidar com cada questão colocada ou estratégias que possa aplicar/praticar entre cada sessão.

Tendo em conta os propósitos do Modelo Humanista, a consulta psicológica procura ajudar as pessoas a adoptarem modos de pensar e de sentir “que as tornem capazes de resolver os seus próprios problemas conforme forem surgindo”. Procura-se uma compreensão cada vez mais nítida dos seus problemas e ajudá-lo a conseguir uma integração maior da sua própria personalidade.

Se gostar desta abordagem, marque a sua consulta e teremos todo o gosto em recebe-lo (a) no nosso Gabinete de Psicologia. O ambiente proporcionado é calmo e acolhedor, onde o cliente é atendido com todo o cuidado e atenção. Procuramos estabelecer uma relação empática, de compreensão e de não julgamento, fundamentais numa aliança terapêutica. Cumprimos o dever de confidencialidade.

Para saber mais: